
Provavelmente você já deve ter ouvido falar em Malala Yousafzai, a adolescente paquistanesa que desafiou o Talibã e ganhou o Nobel da Paz em 2014. Em
Eu sou Malala, livro publicado em 2013 pela Companhia das Letras aqui no Brasil, viajamos lá para o país islâmico para conhecer e compreender toda a história de luta da garota até o momento em que o livro foi lançado.
Malala só tem um sonho: o de ver garotas como ela estudando livremente em seu país; um sonho que foi considerado uma provocação e quase a levou a morte, já que foi baleada no crânio por um membro do movimento fundamentalista islâmico nacionalista (o Talibã) em 2012.
O livro já começa descrevendo o dia em que fora baleada, com um prólogo intitulado de
O dia em que meu mundo mudou. Aqui já criamos toda aquela expectativa em descobrir porque uma garota tão inofensiva (pelo menos para nós) foi perseguida e quase conheceu a morte. A autobiografia segue com a Parte I,
Antes do talibã, começando com um foco especial na história de seu pai, Ziauddin Yousafzai, aquele que plantou a sementinha na cabeça da filha, pois também lutou para conquistar o seu sonho de administrar sua própria escola (mesmo que isso tenha custado grande parte de seu dinheiro e conforto de sua família). Os capítulos seguintes descrevem como foi para Malala crescer na escola do pai, como era a sua aldeia, quais eram suas preocupações, o momento em que tentaram fechar a escola do pai porque admitiam alunas e o terremoto no vale do Swat, onde morava.
Palestra de Ziauddin Yousafzai no TED: Minha filha, Malala
A partir da Parte II,
O vale da morte, as coisas começam a ficar mais tensas: entra o Talibã, que começa cativando os muçulmanos com suas palavras na estação de rádio clandestina Mulá FM para plantar uma guerra contra aqueles que não seguiam os seus princípios, mais detalhes sobre o dia em que Malala e suas colegas foram baleadas na Parte III,
Três meninas, três balas, a sua cirurgia na Parte IV,
Entre a vida e a morte, e como tem seguido com sua vida na Parte V,
Uma segunda vida.
Devorei o livro em pouquíssimo tempo e a história me emocionou demais! Gostei especialmente porque pude conhecer melhor a história do Paquistão e sua cultura, e porque nos faz
sair da caverna eliminando (ou tentando eliminar) aquele nosso pré-conceito de que todo muçulmano segue cegamente os princípios do Talibã e é a favor do terrorismo. Não é bem assim! Existem muitos como Malala e seu pai que lutam pelos seus direitos (e pelos de suas mulheres) e que fazem uma outra leitura do Alcorão.
"No Paquistão, quando sou proibida de ir a escola, compreendo o quão importante é a educação. A educação é o poder das mulheres!" (Malala Yousafzai)
Para saber mais: Malala fundou uma ONG, o Malala Fund, e você pode acompanhar as novidades através de sua página no
Facebook!