Quem me conhece bem sabe que eu não aceito coisas erradas, especialmente quando se refere a crianças. E quando observo que essas coisas erradas existem em um ambiente escolar onde estou estagiando, não faz sentido eu continuar ali; afinal, dificilmente aprenderei algo útil.
Acredito que assim como exigimos respeito para nós, devemos respeitá-las também. Ou seja, gritar com elas porque estão fazendo bagunça, chorando ou brigando não resolve a situação; o certo é conversar e fazê-las refletir a respeito de seus atos - mas o que acontecia lá era o contrário, e não é essa pedagogia que quero praticar.
Aliás, dava a impressão também de que a maior preocupação dos professores era corrigir as atividades dos alunos e escrever nas agendas algumas frases como "senti a sua falta ontem" - será que sentiu mesmo? - com o intuito mostrar para os pais. O pior é que alguns pais se contentam com isso!
E, enquanto isso, os alunos ficam sentados em suas cadeiras sem darem um pio, sem a devida atenção do professor.
O professor também nem precisa ser muito inteligente, afinal, são utilizadas apostilas para "ensinar" os alunos e tudo o que ele precisa fazer é explicar a atividade conforme o manual da mesma. E os pais acham que esse método funciona: tudo por causa de uma apostilinha colorida, que promete a eles que futuramente seu filho estará preparado para o vestibular! E a preparação para a vida, onde fica?
Sou abertamente contra o uso de apostilas: acredito que o professor deve verificar a necessidade de sua turma, correr atrás do conteúdo utilizando fontes diversas e ser criativo para planejar as atividades. Afinal, nem sempre ensinar o que é boy e girl ou como surgiu o universo para crianças de educação infantil (conteúdos de apostila) é muito significante, já que de um momento para o outro podem esquecer: que tal trabalhar valores como o respeito, a amizade, e etc.? Valores esses que são importantes para a vida toda..
Fora que os pequenos são alfabetizados com métodos tradicionalíssimos, como copiar o "ba-be-bi-bo-bu" trocentas vezes, mas sem saber o que estão fazendo! Quem faz pedagogia sabe que hoje em dia esse método se tornou ultrapassado!
Quem quiser pode me chamar de chata, ranzinza, ou seja lá o que for. Mas foi como comentei no começo do post: quando algum ambiente, as pessoas ou métodos não condizem com os meus valores, não consigo aceitar numa boa e continuar. Não, eu quero fazer o que acho que é certo!
E o motivo pelo qual escolhi cursar pedagogia é porque quero ser uma professora que faça a diferença para os alunos, que garanta que eles aprendam realmente, e não fazer serviço para os pais, coordenação ou direção! Acho que temos que lutar pelo que acreditamos..
PS: E sim, eu saí de lá.
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Ouvindo: Bon Jovi - Midnight in Chelsea.
Lendo atualmente: A menina que roubava livros - Markus Zusak.
Fer ahauahau eu posso te entender perfeitamente pq sou exatamente como vc, não suporto coisa errada e sou adepta da frase: ou faz bem feito ou não faz, se pelo menos 1/3 do ensino desse país fosse exatamente como seu pensamento e a sua ÉTICA, o Brasil não estava o caos na educação, como está hoje.
ResponderExcluirNo mais
Outback domingo?? rsrsrs
..um dia eu tomo coragem e também começo a agir assim!
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