A trilha
Eu tenho as minhas crenças, mas a maioria delas são incertezas. Não sei realmente se existe um ser superior, mas se existe não acho que seja onisciente, onipresente ou onipotente: acho que o que chamam de Deus (ou Alah, Zeus, Thor, Buda, Sete deuses, enfim) é algo muito particular e que cada um sente de uma forma diferente (mesmo que compartilhem de uma mesma crença). Para uns é uma sensação de paz, para outros é um equilíbrio consigo mesmo, para outros é uma energia boa que sentem ao ter contato com outras pessoas ou ao fazer algo que consideram bom, para outros é uma esperança, para outros é aquela vozinha que ouvem no pensamento (chamada também de intuição). Mas isso é só o que eu acho e você não precisa pensar do mesmo jeito!
Ser agnóstica é algo que tem sido bom (para mim, que fique bem claro!). São essas minhas incertezas que me movem e que me proporcionam conhecer pensamentos diferentes. Tenho lá meus preconceitos, como todo mundo tem, mas faço o máximo para abrir a minha cabeça quando o assunto é crença ou religião. Eu creio que temos tanto o nosso lado físico como o espiritual (embora não tenha certeza de como seja este último) e é a partir dessas experiências que tenho crescido espiritualmente.
Uma dessas experiências me foi proporcionada neste final de semana, através de um encontro com o pessoal do Trilha 27 em um hotel em Vinhedo. Um dos objetivos do grupo é promover algumas reflexões aliadas ao contexto cristão e a comunhão.
O encontro
Já visitei alguns tipos de igreja (católicas e evangélicas), mas as missas e cultos nunca foram tão efetivos para mim, diferente do que vivenciei neste final de semana. Apesar de não possuir a mesma crença de alguns que estavam presentes, saí de lá com uma sensação de paz. Pude conhecer um pouco mais de suas crenças e os projetos que realizam com a comunidade.
Diferente do que muitos ateus ou agnósticos pensam (ou que algumas comunidades destes grupos compartilham), nem todas as pessoas que são religiosas são mal intencionadas ou querem mudar as nossas convicções a todo custo. O que achei muito legal do encontro foi perceber o respeito que têm pelas crenças, religiões e particularidades dos demais, e que o propósito não era nos converter, mas sim transmitir alguns valores que consideram bons - como a compaixão e a comunhão com o outro.
Continuo sendo agnóstica depois deste encontro, mas carrego comigo os bons pensamentos que acredito que o Trilha 27 me proporcionou. Especialmente o de que tenho que deixar meus preconceitos de lado para aprender com o outro, mesmo que tenha convicções completamente diferentes das minhas. Porque para interpretar as coisas como são realmente (e não como eu acho que sejam), a gente precisa manter a cabeça aberta!
Pessoa como estas que vc encontrou fazem falta em diversas situações... há tanta intolerância, que muitas vezes escolhi o que vc citou: não comentar nada. Acho triste quando um conhecido tenta "empurrar' a qualquer custo algum tipo de religião. Essas coisas devem ser sentidas!
ResponderExcluirAchei muito legal.
Um beijo,
Re.